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TEMPO DE NASCER


                 Tudo na vida obedece uma regra básica: o TEMPO. As estações mudam de acordo com ele, a vida muda no decorrer dele, pessoas mudam com ele. O tempo é tão natural e comum que muitas  vezes não prestamos atenção aos sinais que ele apresenta. Tudo passa pela fase do tempo. Uma grande árvore, primeiro é uma pequena semente... Uma casa, começa por um alicerce bem preparado... Uma vida começa com um bebê, que crescendo, passa pela fase da infância, juventude até alcançar a maturidade e por si só ser capaz de discernir o caminho a seguir.
                  Mas antes mesmo de uma criança nascer, um importante tempo é vivido: a gravidez.  Como mãe, tenho experiência ao dizer que é uma fase de muitos desafios e aprendizado que norteia muito do que temos vivido nos últimos tempos, especificamente no Projeto que o ETERNO tem gerado em nossos corações.  Sim, ainda estamos no tempo de gestação! Por mais que nos alegramos, o que comemoramos foi a notícia da gravidez. 
                  Assim também é com pais que sonham e planejam um filho. Passam tempos “viajando" em pensamentos,  aspirando, adequando e construindo um futuro. Até que finalmente os primeiros sinais de vida aparecem. É uma fase mágica e ao mesmo tempo frustrante, porque, por mais que saibamos que há vida dentro de nós, ainda não há evidências.  Tudo o que temos nos primeiros dias de gestação é  uma promessa. O coração só começa a bater no final do primeiro mês; pelo menos esses é o tempo que pode-se ouvir o barulho de um coraçãozinho batendo. Nessa fase também é possível ver de forma bem rudimentar onde serão formados pernas e braços.  Na oitava semana os detalhes aparecem, dedinhos, nariz, orelhinhas, órgãos internos... A estrutura começou!
                
“Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós;” (Gálatas 4:19)

                A partir da nona semana o embrião já vai tomando forma, já se parece com os pais, o rosto é formado, o cérebro  (os pensamentos), os movimentos imperceptíveis, a respiração, mãozinhas e olhinhos mexendo. Com dezesseis  semanas a mãe já pode sentir os movimentos de seu bebezinho, aqui a gravidez começa a aparecer e também muitas gestações são abortadas. Algumas, por decisão dos próprios pais, que na realidade não sonharam e não deram valor aquela vida, outra vezes vão embora involuntariamente, através de muita dor, espontaneamente se perdem e deixam saudade e aprendizado aos pais. É uma fase de muitos cuidados, de incertezas... Um tempo crítico, alguns pais só começam realmente a acreditar na gestação nesse momento, quando percebem que o bebê agora tem possibilidade de realmente nascer...
                 Muitos pais desistem de gerar quando perdem seus bebês nessa fase, mas, precisam entender que, só nascem filhos que tem propósito, que tem forma, que parecem com o Pai, que respiram, que se movimentam... Se houve um problema, se não formou da maneira certa, não se desenvolveu como deveria, é natural que não chegue a nascer. Se vier a nascer sem forma, algum propósito, alguma lição deixará. Mas o natural é a gestação de um bebê perfeito, lindo e gracioso. Se algo não deu certo, é tempo de parar, analisar os sinais e caso haja possibilidade de nova tentativa, redobrar os cuidados e atenção.  Se a direção for “desistir" de gerar, ainda há esperança.  Muitos “filhos" infelizmente são abandonados e anseiam por pais capacitados e inspirados a adotar. Mas, essa é outra história, que não trataremos no momento. 
                 Voltando a gestação, passamos agora ao tempo de finalização.  O tempo onde os últimos detalhes são formados.  A nova vida já tem capacidade de deglutição ( sugar), piscar, movimentar-se mais intensamente, perceber luz  fora do útero ( porém ainda não pode discernir cores, o que ocorrerá após o nascimento ), identificar sons. Esse é o tempo de calmaria, nessa fase, o bebê está formado, mas ainda não está maduro o suficiente para nascer.
                 A partir do 3° trimestre ( 27 a 40 semanas) o bebê cresce e ganha peso. É tempo de  preparativos finais, expectativa de nascimento. Agora sim, o bebê está completamente formado e pronto para viver fora do útero! Agora ele tem “legalidade" pra desenvolver, crescer e atender as expectativas tão almejadas dos pais.  É momento de organizar as roupinhas, o  lugar de descanso, definir o nome... 
               Enfim, chega o momento em que não há mais espaço na barriga da mãe, o bebê ocupa todo o tempo, os pensamentos, as expectativas... O desconforto antecedente  ao nascimento começa a surgir. Já não há mais posição adequada para o conforto da mãe, o bebê ocupa tanto espaço, que já falta para mãe o ar, a respiração já não é a mesma, o peso atrapalha o caminhar, as dores e contrações chegam e aumentam a cada momento, até que, não há mais como segurar, apesar de toda dor e angústia e todo esforço dos pais ( o pai também sofre como expectador de um momento difícil e extraordinário, sofre por não ter nada que possa fazer que amenize uma dor tão aguda e dilacerante). E o bebê nasce!
        Esquecem toda agonia, todo sofrimento, toda dor e até as irrisórios alegrias da gestação, tamanha alegria vivida no nascimento!!!

"A mulher que está dando à luz sente dores, porque chegou a sua hora; mas, quando o bebê nasce, ela esquece a angústia, por causa da alegria de ter nascido no mundo um menino.” ( João 16:21)       

           Esse é o tempo em nossas vidas, estamos a iminência do nascimento, onde muito em breve veremos e viveremos o milagre da vida, teremos nosso tão esperado filho nos braços!!! Aleluia!!!


Josi😉

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