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SONHOS QUE REVELAM DESTINOS






 

                      Sempre que olhamos para a Bíblia e pensamos em uma história permeada por sonhos, perdas, prisões, traições, fidelidade a DEUS e virada milagrosa de vida, lembramos de José. O jovem que sonhou e viveu uma trajetória totalmente oposta a seus grandiosos sonhos até que,em um momento, percebeu que, toda a caminhada difícil era só o processo para realização do sonho. O jovem José foi traído, injustiçado, aprisionado...Mas continuou acreditando no DEUS de seus sonhos e isso lhe foi imputado por justiça.

        Algo maravilhoso na vida de José foi a conduta desse jovem, que não deixou-se influenciar pelo meio, mas ele sim influenciou e se destacou por sua idoneidade moral em todos os lugares que esteve; independente de serem bons ou maus. Todos os que tinham o prazer de conviver com esse jovem, percebiam nele o Espírito de DEUS, o brilho que não dependia de uma túnica colorida.

        José prosperava em tudo o que empreendia porque o Senhor era com ele. Interessante notarmos que a atitude de José fazia toda a diferença em sua vida. Ao contrário de muitas pessoas em circunstâncias semelhantes;que por vezes preferem chorar e se prostrar diante de uma situação ruim; José decidiu não se abater mas empreender, buscando alternativas favoráveis em todas as circunstâncias. Tudo o que ele viveu no decorrer de sua vida, até mesmo os momentos ruins, foram experiências necessárias para a realização do sonho, o auge do sucesso que mudou e salvou a vida de várias nações.

         Não importou a José se estava vivendo  a fase de livre, de escravo, de prisioneiro ou de governador do Egito. Tudo era realizado com excelência e humildade, levando ao ETERNO toda glória.

         Quando José foi levado a presença do faraó e esse lhe disse ter ouvido que ele interpretava sonhos, o jovem não ousou usurpar a honra para si, mas instantaneamente levou a DEUS toda honra e glória por tal dom.


José respondeu ao faraó:"Não sou eu. Deus concederá ao faraó uma resposta que  deixará sua mente em paz. (Gn. 41:16)

             Algo sobrenatural também sobre o caráter e postura de José, foi a conversa que teve com seus irmãos quando revelou-se a eles:

"...Ele disse: Sou José, seu irmão, aquele que vocês venderam ao Egito. No entanto não se entristeçam porque me venderam à escravidão aqui, nem se enfureçam entre si, pois Deus enviou-me a frente de vocês para preservar a vida." (Gn. 45: 4b,5)

        José deixou bem claro que entendia bem o mover de DEUS para um propósito maior, que era, nesse caso, preservar a vida de muitos. O passado difícil não entristecia o jovem, pois sabia que ele era apenas um instrumento de DEUS para algo muito além de si mesmo. José era tão bem resolvido quanto a seu passado, que de imediato tentou tirar o peso da culpa dos ombros de seus irmãos.

        José com certeza era diferente, andava de acordo com a vontade e os sonhos de DEUS. Entendeu que, o que foi apenas um sonho surreal no passado, era no presente o DESTINO que DEUS havia escrito, não só para ele, mas para uma nação.

                Além de José , também temos outro sonhador cuja história é permeada de coincidências à de José. Talvez nunca tenhamos prestado atenção ao sonho relatado pelo personagem, mas lendo o livro de Ester, esse fato "saltou" diante de meus olhos.

    Ao pensarmos na história de Ester, normalmente lembramos da menina órfã que milagrosamente tornou-se rainha. A rainha que convocou a nação para orar e jejuar, a rainha corajosa que enfrentou o decreto do rei, disposta a sacrificar-se em benefício de seu povo. É realmente uma história surpreendente e mágica mas, por vezes esquecemos que, por trás de atitudes tão nobres de uma jovem rainha, haviam conselhos sábios de um homem temente a DEUS, Mardoqueu.

        Assim como José, Mardoqueu foi levado prisioneiro para uma terra estranha, foi testado em seu caráter e princípios e negou prostrar-se diante de um homem/situação. Manteve-se firme diante do desafio e obediente a Lei do único DEUS, mesmo em um local desfavorável. Também foi esquecido em uma situação que teoricamente devia ser lembrado. José foi esquecido por um tempo na prisão, mesmo depois de ter pedido ao copeiro de faraó que lembrasse dele e agisse com compaixão tirando-o dali. Da mesma forma, Mardoqueu agiu bem, desvendando uma conspiração contra o rei e por um tempo, nada de bom obteve por tal ação,  continuou sendo no servo esquecido em uma "prisão".

            Como tudo tem um propósito, o fato narrado acima, um dia foi lembrado e o próprio rei desejou honrar o homem que salvou sua vida.

    Notamos que assim como na história de José, Mardoqueu não mudou seu caráter pelas circunstâncias. Eles foram fiéis e persistiram tementes, compassivos e realizando tudo o que chegava as suas mãos da melhor forma possível! Não se prendiam ao fato de serem prisioneiros, não odiavam seus algozes, mas prezavam a justiça.

    Mardoqueu foi apresentado na história como o judeu, cativo de Jerusalém, que vivia em uma terra estranha, mas que mantinha-se fiel a seus princípios.Um homem bom, que criava como filha; com esmero; uma prima órfã, dentro dos fundamentos da fé ao único DEUS.

    Pois bem, a história termina com a ascensão de Mardoqueu, que bem similarmente a José, tornou-se o segundo no reino, depois de Assuero.

" E todos os atos do seu poder e de seu valor, e o relato da grandeza de Mardoqueu, a quem o rei exaltou, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis da Média e da Pérsia?

    Porque o judeu Mardoqueu foi o segundo depois do rei Assuero e grande entre os judeus, estimado pela multidão de seus irmãos, procurando o bem de seu povo e proclamando a prosperidade de toda a sua descendência." (Ester 10:2 e 3)

           Como estudante da Bíblia, costumo ter em mãos várias versões de traduções, para possíveis comparações e dissoluções de dúvidas, sempre fazendo uso dos comentários, no intuito de maior aprendizado.Em uma dessas "viagens textuais" encontrei na versão católica Bíblia de Jerusalém, um complemento ao versículo 3 do capítulo 10 de Ester, supracitado, que diz assim:

    E disse Mardoqueu:"Tudo isso vem de Deus! Se me recordo o sonho que tive a esse respeito, nada foi omitido: nem a pequena fonte que converteu em rio, nem a luz que brilha, nem o sol, nem a abundância das águas. Ester é esse rio, ela que se casou com o rei, que a fez rainha. Os dois dragões, somos Amã e eu. Os povos são aqueles que se coligaram para destruir os judeus. Meu povo é Israel, aqueles que invocaram a Deus e foram salvos. Sim, o Senhor salvou o seu povo, o Senhor nos arrebatou de todos esses males. Deus realizou prodígios e maravilhas como jamais houve entre as nações. Por isso estabeleceu dois destinos: um em favor do seu povo, outro para as nações. Esses destinos se realizaram na hora, no tempo e no dia determinados segundo seus desígnios e diante de todos os povos. Deus se recordou de seu povo, fez justiça sua herança para que esses dias, o décimo quarto e o décimo quinto do mês de Adar, sejam doravante dias de assembléia, de regozijo e alegria diante de Deus, para todas as gerações e perpetuamente em Israel, seu povo.

        Concluímos que tanto na história de José, como na história de Mardoqueu, DEUS estabeleceu DESTINOS, que se realizaram no tempo determinado, de acordo com os desígnios do ETERNO. Os sonhos antigos foram apenas reflexos, diretrizes que fizeram alusão ao destino que perpetuou uma nação, destinos que apontam ao futuro glorioso do povo escolhido por DEUS!!!

 

JOSI😉

 


     

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